domingo, 24 de julho de 2011



Esta cidade está de luto!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CONFISSÃO.

Eu tenho medo de me mostrar. Não gosto de me expor e falar tudo o que acho com a autenticidade que exigem.

Não tenho toda essa confiança.

Talvez nem seja falta de confiança. Talvez seja o simples acreditar que nossos pensamentos mudam em segundos... E se eu os externalizo, tiro a chance deles virarem borboletas. Não sou tola o bastante pra achar que conseguirei lapidá-los depois de externalizados.

E o ‘meu’ deixa de existir. Transforma-se em nosso e até só teu.
Ficando eu, aqui, com o desconforto interno e uma sensação de Pandora.
Que seja egoísmo. Não sou mesmo altruísta. Mas, se for pra rotular, o negoísmo, por favor.

Em contrapartida tem cinco meses e alguns dias que não consigo ler. Ler verdadeiramente. De lamber os beiços e se sentir saciado. Sobejo. Se eu não externalizo, onde ficarão os novos pensamentos?

Fico em dívida com essa dúvida que me faz desequilibrar. Isso [tudo] foi só o começo do meu esvaziar...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

sobre as cidades

‎Para cidades que sobrevivem as guerras, as culturas, aos choros e sorrisos resta a amizade com o tempo. Resta a amizade entre elas, perenes, mutantes. Porque só elas conseguem entender o tamanho do sentimento que delas pulsa e que para elas retorna.

Para cidades amigas do tempo, que sobrevivem as guerras, culturas, choros e sorrisos elas dizem: "prezo muito pela sua amizade e gostaria de cultivá-lá aqui na varanda deste coração meu".

terça-feira, 4 de maio de 2010

Let It Beatles


[www.letitbeatles.com]

No dia 1º de Maio, a banda Let It Beatles reapareceu na cidade em festa temática. London Calling, a farra brasiliense que homenageia o rock e o britpop inglês, comemorou 6 anos no Clube da Asceb com o cover dos moços de Liverpool, um pocket-show da banda Cassino Supernova e vários Djs.

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Por Bia:

Qualquer pessoa que me conhece um pouco mais, sabe que eu estou muitíssimo longe de ser uma fã de Beatles, na verdade, eu não gosto muito deles não.Mas super respeito, trato os super fãs deles de igual pra igual e reconheço o valor deles no mundo da música, blá blá blá...

Mas é muito diferente com o Let it Beatles.Na primeira vez que pude ver uma apresentação da banda, fui meio que no embalo todo mundo ia e tals, e menina, super gostei!Achei muito legal, muito animado, ele botaram o lugar pra pular, cantar e até se emocionar com os clássicões da banda, muito digno.Acho que eles me encantaram tanto por não serem aquele tipo de cover que faz "igual que nem" sabe?E pelo simples o fato deles não terem aqueles cabelos característicos e "usarem" a guitarra/baixo na altura do peito já merecem muito do meu respeito.

Ah e os Dj's Gustavo Bill & Mari Vass arrasaram antes do show!!!Com umas músicas bem variadas, de estilos diferentes, mas que definitivamente todo mundo ama dançar!Tocaram até "Walking on sunshine" que super me levou a loucura #momento 100% Glee!

Os rapazes são muito carismáticos, uns fofos mesmo, e pra você como não tem nada de cover tem até um japonês entre eles!O show só não foi super-duper pra mim, como foi o primeiro, porque o som tava bem zuado, tipo de perto você não escutava bem, de longe você não escutava bem, meio tenso isso.No show que abriu a noite do Cassino Supernova - que acho bem bacana! - não parecia que tinha esse problema...Eles optado por fazer um show de "lados b's" como o vocalista definiu no começo do show, e eu logo pensei: "Putz, rodei!". Mas foi um bom show, e eu definitivamente irei de novo!

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Por Fernanda:
"Todo mundo espera alguma coisa, de um sábado a noite..."
Sábado. Só isso.
Só mais um sábado. Só mais um isso.

Um isso lindo porque foi feriado. E o sábado não foi de feira!
Fiz um tal de nada o dia inteiro. [é só foi bom pq eu tinha mto o que fazer]
A noite há de ser boa: boas companhias e let it beatles.
Honro em ser mulher e logo cedo penso em minha vestimenta [mas reluto em fazer isso.. pois roupas não passam de fantasias]
Ridículo. Eu sei. E continuo forte a pensar...
Lugar totalmente novo para mim.
E um show do lado B. Mas gostei muito.
Mesmo com a nossa sinuca fail.
Mesmo com sono.
Mesmo com... deixa pra lá.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Gostando de espanhol




















Vou falar do Caetano Veloso. Sim, nosso querido [ou nem tanto] e polêmico Caê. Mais precisamente, vou falar do meu cd favorito dele “Fina Estampa” lançado em 1994.

Adoro demais esse cd, é um dos meus favoritos do Caetano. Ele me acompanha a um bom tempo e nos mais diversos momentos da minha vida, graças a seu repertório variado que possui canções alegres e tristes. Alegres e tristes em um tom que só a língua espanhola pode alcançar. Nunca fui uma fã de música em espanhol, sempre achei tudo meio breguete, mas esse cd , junto com Jorge Drexler [♥] e todas deliciosas descobertas da trilha sonora do filme “Frida”, me fizeram mudar de opinião.

As canções escolhidas são clássicos da música hispânica, que de tão clássicas acabam se tornando bregas, tipo o que as canções do Lupicínio Rodrigues se tornaram aqui no Brasil, carregadas de sentimentos bons e ruins, pesadas, tensas e fortes, mas indiscutivelmente clássicos da música brasileira.
O arranjo das músicas ficou por conta do violoncelista Jaques Morelenbaum, que modificou e refinou o repertório de maneira deliciosa dando o toque exato de melancolia e êxtase em cada verso, deleite total!

O disco teve uma repercussão muito boa e foi bem aceito e elogiado, tanto aqui quanto no exterior. O que chegou a render uma versão ao vivo do álbum, mas como eu não curto muito versões ao vivo, não sei dizer muito sobre essa versão.
Então, acho que é isso. Deixo aqui minha dica de cd e minha primeira resenha – ever! - espero ter agradado!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lembranças de um rato

Bruna Carolli

Era uma vez um quadrinho sobre o holocausto. Na verdade, não era apenas isso. Era um quadrinho sobre o holocausto ganhador de um dos mais importantes prêmios de literatura, o Pulitzer. Talvez, essa seja a melhor introdução para se ter idéia do que está por vir. “Maus”, obra criada por Art Spiegelman, narra a história do pai de seu próprio autor, Vladek, um judeu sobrevivente de Auschwitz, grupo de campos de concentração construídos sob comando nazista. A partir de relatos e uma série de entrevistas feitas por Art a seu pai, temos de maneira direta e sem floreios a história de quem viveu um fato histórico mundial.

“Maus” reconta a história dos judeus dentro desse episódio de horror. É um panorama de como era a vida antes da ocupação nazista, como ela se tornou (im)possível durante esse tempo de atrocidades e como essa experiência marcou os anos que se seguiram aos sobreviventes e familiares. É uma trama pessoal, sem dúvida. O filho escuta a história sobre seus pais, sobre o irmão que nunca conheceu, sobre como ele simplesmente poderia nem ter nascido. A beleza disso tudo está na maneira corajosa de encarar os fatos. Art poderia ter escutado seu pai e simplesmente ignorado os defeitos e preconceitos que surgiam daquela narração de vida. Mas não o fez. Mostra um judeu sobrevivente a campos de concentração, mas que não aceita negros, é sovinha e reclamão. Mostra a própria dificuldade em lidar com um pai que era distante, em lidar com o próprio passado repleto de dores e perdas – entre elas o suicídio da mãe. Ponto para Art e sua maneira sincera de respeitar e encarar qualidades e defeitos de cada personagem.

Como se não bastasse a maturidade no roteiro, Art Spiegelman metaforiza as relações de poder entre judeus, poloneses e alemães com animais. Os alemães se tornaram gatos, os poloneses porcos e os judeus maus (maus significa ratos em alemão). Ratos que se escondem atrás de máscaras de porcos e do que mais conseguirem para sobreviverem dentro dessa “cadeia alimentar”. O quadrinho é contado em flash-back a partir das lembranças de Vladek entrecortado pelos acontecimentos da vida presente, como a descrição de cada visita do filho ou dos desentendimentos entre Vladek e sua atual esposa, Mala. “Maus” é um excelente quadrinho sobre a humanidade de um ser capaz de se fazer reconhecer em uma humanidade de gerações.

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